A aposta em 2021. A pandemia. O renascer.
Este artigo começou a ser escrito no início de Março de 2020, começo da Pandemia Covid-19 em Portugal. Parece-nos, agora, relevante fazer a ponte entre essa altura e a atualidade visto que já passou mais de 1 ano.
Que ilusões iniciais caíram por terra, o que aprendemos até agora e como prevemos o futuro próximo (dado que fazer planos a médio prazo nos parece utópico)?
Em Janeiro de 2020, existiram várias conversas com colegas e parceiros em que era unânime a forte aposta no ano de 2020. A expectativa de que esse seria um ano marcante, repleto de projetos e com previsões de muito trabalho era generalizada. Até ao dia 15 de Março.
E quando o mundo lá fora nos obriga a ficar em casa?
Teletrabalho, nómadas digitais, trabalho remoto eram termos associados às indústrias criativas ou a atividades alternativas.
Mas, no nosso dia a dia regular, nunca pensámos ser possível esta democratização, pois não? Mas está a acontecer, está para ficar com alguma preponderância, não é ficção nem estamos a ser figurantes num filme futurista.
- Mas como agir quando temos de manter uma rotina mesmo sob a ameaça de uma epidemia global?
- Quando há trabalho que não pode esperar nem ser adiado?
- Quando precisamos de continuar a comunicar uns com os outros mas não podemos estar presentes fisicamente?
- Há família, há amigos, há trabalho de equipa, reuniões a fazer e não podemos interagir presencialmente, porque nos é exigido um cuidado redobrado que, para alguns, pode até significar mesmo isolamento social?
- Como podemos então continuar a comunicar uns com os outros?
Ferramentas Digitais – “Salvos pelo gongo”
Se a internet já era uma ajuda preciosa nas nossas vidas, em momentos como o que vivemos, torna-se fundamental para continuarmos conectados. É aí que entra o “gongo”; as ferramentas digitais. Estes meios, que nos permitem comunicar online para o mundo inteiro, são indispensáveis nesta situação tão atípica que estamos a viver, quer a nível pessoal, na educação ou profissionalmente.
Esta nova realidade faz com que as redes sociais e as plataformas de reuniões sejam as ferramentas mais usadas. Bem, vamos ser realistas, as redes sociais já o eram, mas o confinamento veio aumentar o seu uso.
Facebook, Instagram, Twitter, Whatsapp e Linkedin são talvez as plataformas mais presentes no nosso quotidiano, dependendo do país e cultura, mas a nível global são instrumentos de comunicação muito usados tanto pessoal como profissionalmente.
Ao olhar para os dados abaixo, percebemos como este ano sedimentou comportamentos.
Mas como é que as ferramentas digitais se encaixam na comunicação empresarial ?
Em tempos como os que estamos a viver, incertos e desconhecidos, precisamos recorrer ao que estiver ao nosso alcance para que a rotina se mantenha o mais normal possível.
Precisamos ter consciência que a Internet tem cada vez mais um papel central nas nossas vidas, e que neste momento está a ser a nossa salvação.
Um pouco dramático este discurso, verdade. Lembrem-se que isto foi escrito no início da pandemia na Europa e Portugal já estava a ser afetado.
Já em 2021 e respondendo finalmente à questão, antes do Covid aparecer no mundo já muitas empresas usavam as redes sociais, para os seus negócios, vendas, prestação de serviços e publicidade.
Com o primeiro confinamento obrigatório em Março de 2020 e “encerramento” do país, muitas empresas tiveram de alterar a sua logística, canalizando as suas ações exclusivamente para o online. Inclusive a produtividade das equipas e o desenvolver das atividades comerciais normais.
O teletrabalho passou a ser uma realidade diária para empresas cujos postos de trabalho permitiam. O investimento de comunicação passou a estar na web (website, blog, redes sociais), como única forma de se mostrarem ao mundo. Mas não só.
Quem nunca criou grupos de trabalho no Whatsapp?
Quantas pessoas estiveram (ou estão) em reuniões de Zoom por minuto no mundo?
As plataformas digitais que já existiam e ganharam outra vida com a pandemia.
Metade do mundo esteve fechado em casa durante meses, o que fez com que várias plataformas/redes sociais que já existiam ganhassem um boost de utilização pelo público. Para além da dimensão gigantesca que o TikTok ganhou (a aplicação já existe desde 2016), outras plataformas/aplicações digitais ganharam protagonismo durante o confinamento.
Twitch começou por ser uma plataforma de streaming de jogos mas depressa se transformou numa plataforma de transmissões ao vivo de variados temas.
Patreon – website de crowdfunding para criadores de conteúdos de todo o tipo. Artistas e artesãos escolheram esta plataforma para gerarem uma renda extra durante a pandemia.
Clubhouse – rede social que nasceu em plena pandemia – Abril de 2020 – baseia-se em chats de voz.
Discord – rede de canais (lembram-se do mIRC?), mas com esteroides.
Voltar à vida “normal” pode significar perda de dimensão para o mundo digital?
Não. Isso nunca mais vai acontecer. A Internet é um caminho sem volta e ainda bem para nós. Claro que esta é apenas a nossa opinião.
Muito se aponta o lado mau da Internet em geral mas, na nossa opinião, existem, sim, utilizações com fins maliciosos, mas isso dava assunto para outro artigo, noutro blog.
Com a pandemia percebemos claramente que se não tivéssemos estas plataformas, tudo teria sido muito mais penoso. Assim, assistimos a músicos com concertos em direto, pudemos dar e receber aulas online, criar rendimentos extra vendendo conteúdo, ver os amigos e a família, etc…
Agora, que estamos lentamente a regressar à normalidade, será importante voltar a sair e a conviver, ver espetáculos ao vivo, ir ao cinema, ao teatro, beber um copo com amigos (sem limitações de números) a um espaço com música ao vivo…
Sabendo que teremos sempre o maior meio de nos mantermos ligados.
Concordam connosco ou querem partilhar outra visão destes últimos meses? São muito bem-vindos!