Influencers digitais
empurrados para a ribalta
Tal como o nome indica, e neste caso o nome que se aplica é em inglês, influencer é uma pessoa que influencia outras, alguém que serve de exemplo, que é considerado credível nas suas opiniões e escolhas de estilos de vida e/ou produtos.
O influencer é a modernização do líder de opinião.
Qualquer personalidade que tenha nas suas redes sociais um número de seguidores interessante, para uma determinada marca, pode ser visto como um potencial influenciador.
O Instagram atribui funcionalidades premium a perfis que se destacam na social-esfera, pela interatividade ou dimensão. Exemplo: funcionalidade de “Saiba mais” (partilha de link) no Stories está disponível a quem tem mais de 10.000 seguidores. Esse pode já ser um patamar interessante para as marcas.
Até há bem pouco tempo youtubers, bloggers e vloggers eram as personalidades com maior representatividade nas redes sociais, logo, com maior procura por parte de marcas e serviços. Mas rapidamente o leque se alargou a atores, músicos e comediantes.

Com o início da pandemia multiplicaram-se influencers lifestyle, influenciadores que se fizeram valer dos seus hobbies e paixões.
Pessoas que decidiram aproveitar os meses em confinamento para desenvolverem hobbies como cozinhar, treinar em casa, alimentação e fitness, bricolage, jardinagem, maquilhagem, etc.
Este tipo de influenciadores já existia, embora em menor número ou com dimensão menor. O confinamento obrigou-nos a olhar muito mais para as redes sociais e isso contribuiu para que estas pessoas ganhassem visibilidade, e seguidores obviamente. As pessoas querem ver e saber sobre o quotidiano do outro, dicas de produtos, hábitos de vida saudável, de consumos, ideias de como passar o tempo, reviews de produtos, etc.
Mas também há o outro lado, as figuras públicas que usam as suas plataformas com fins solidários, de partilha e entreajuda.
Parece-nos ser do conhecimento geral, o exemplo do Bruno Nogueira com os diretos de “Como É Que o Bicho Mexe?”. Neste último confinamento, já em 2021, os dias em que entrava em direto, além de nos entreter, levava a cabo uma angariação de fundos para uma instituição.
Ficou marcado na nossa memória o dia em que uma portuguesa que vive na Nova Zelândia entrou em direto. Ela estava num evento à beira mar, repleto de pessoas… sem máscara!
Foi mágico, uma lufada de esperança para todos nós que, num Janeiro frio e cinzento, ainda estávamos a lidar com mais um confinamento geral.
Mas qual a influência real que um influencer pode ter no mundo digital?

Dada a conjetura atual vamos focar-nos nos exemplos que nos chegaram durante este ano de pandemia. Vejamos como ter um canal aberto de comunicação, com a sociedade em geral, pode fazer a diferença em alturas de crise.
Comecemos por Chiara Ferragni, considerada como a maior influenciadora do mundo digital, que segundo a MAGG noticiou a 24 de Março de 2020 angariou 4.3 milhões para a luta contra o vírus covid-19.
Por cá, o conhecido youtuber Windoh, foi o escolhido pelo Ministério da Educação para, através das redes sociais, fazer um apelo aos mais jovens, encorajando-os a cumprirem as regras impostas pelas escolas e algum foco no estudo online e nas rotinas diárias.
Algumas bloggers e influencers relacionadas com o mundo da moda e beleza juntaram-se para doar vários produtos de higiene e hidratação como cremes de rosto e mãos, cremes de corpo ou gel de banho para os profissionais de saúde dos hospitais do país. Algumas fizeram apelos às marcas para doarem diretamente, como por exemplo A Pipoca Mais Doce e Sofia Novais de Paula do blog Diário de um Baton.
O que é preciso para ser um influencer?

Bem, o leque de skills é bastante vasto (e relativo) mas, sem dúvida, que é necessário ser (ou gostar de estar) bastante ativo nas redes sociais, ter carisma, diferenciação e produzir conteúdos de interesse e/ou entretenimento.
Aconselhamos que escolha um tema que o apaixone!
O conteúdo propriamente dito é o mais importante, mas não há fórmulas mágicas. Há público e marcas para todos os gostos e segmentos. E cada segmento tem a sua própria dimensão. Os nichos tendem a ser grupos mais pequenos mas muito fiéis.
Depois é “só” dinamizar as plataformas para cativar seguidores e alcançar o reconhecimento público (mesmo que dentro do seu nicho).
Se a sua intenção ao ler este artigo é saber mais para se tornar um influencer no mundo digital, então deixamos algumas dicas:
- Escolha o seu tema. Um tema que lhe seja próximo e que domine.
- Escolha o seu segmento. Identifique como se diferencia dos demais na barulheira que são as redes sociais.
- Defina o seu público. Para quem quer falar? Idade, género e localização são critérios que, nas redes sociais, pouco podem significar. Faça uma descrição psicográfica de quem pretende ter do outro lado.
- Certifique-se de que tem uma boa câmara de vídeo ou telemóvel e comece a criar conteúdo!
- Experimente. Questione a sua audiência. Peça feedback.
- Faça uso de todas as funcionalidades das redes sociais, de forma estratégica e organizada.
E boa sorte! 🍀 📷
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